sexta-feira, fevereiro 29, 2008

- Me ensina a fazer poesia?

- Sim, pega minha mão de leve,
coloque no seu coração
sinta a canção.

- Mas e os versos?

- Toque minha boca agora,
Acaricie meu rosto,
Tire minha roupa devagar.

- Posso sentir seu corpo
Sua rima, sua paixão.

- Isso, sinta casa palavra,
inspire meu cheiro,
respire inspiração.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Rimas virtuais

Tecnologia virtual,
vida dupla,
era digital.

Leio um blog,
vejo um site,
muito mais há
num mero gigabyte.

Download, globalização,
versos baixados,
um clique, uma ação.

Conversas sem presença,
chats, videoconferência.

Humanização tecnológica.
Onde estás nesta ciência?

Tudo existe,
tudo pode ser visto.
Banda larga, velocidade,
carregue o vídeo que eu assisto.

Rapidez, informação.
Nova era,
nova geração.

O dia pede uma atualização.
E ai de quem se negue
a viver essa revolução.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Luar

Noite linda,
vejo a lua,
brilha a estrela.

Vendo você aqui,
me faço poeta das mãos,
que em teu corpo são versos,
a cada toque, palavras.
A cada beijo, rimas.
E o teu abraço,
o ápice profundo da poesia.

Brilha lua, nua, que alegria!
Sentir a real sensação,
de tudo que está escrito,
vendo teu corpo a inspiração
de tudo que é infinito.

Brilha até o amanhecer.
Leve

Minhas palavras não tem peso,
são leves.
Voam pelos versos,
em brisas breves.
Conduzem minhas rimas,
voam alto.
Sonham,
formam poemas,
prosas de amor, amam.
São tão ricas,
que encantam a pura alma,
desarmam os corações,
na correria pedem calma.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Eu te odeio

Preciso te dizer
Eu te odeio.
Sim, sei que não correspondes
Aos meus sentimentos.
Mas eu te odeio.
Fique longe, vá embora.
Não olhe mais pra minha cara.
Ah, minha cara!
Meus versos guardados,
Serão rasgados,
E numa fogueira queimarão.
E por acaso você se revoltar,
E também querer me odiar,
Quem sabe comigo venha conversar.
Quem sabe...
Então um dia,
Posso até me tornar
Seu inimigo íntimo.

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Me chamo tempo

Prazer,
Eu sou o tempo.
Existo há milênios
E ultrapasso gerações.

Uns poucos me amam
Os monges me veneram
Os empresários me valorizam,
Dizem até que sou dinheiro.

Os apaixonados me odeiam,
Falando que eu passo rápido demais
Os atrasados me xingam
E os apressados me seguem fielmente.

O homem me quantificou
Disse que sou relativo
Que me faço com o passar dos segundos
Nos ponteiros me transformam em minutos.

Posso ser o vilão da vida
Faço os corpos caírem com a gravidade
E a juventude transformar-se em velhice,
Se perdendo nas dores da idade.

Mas digo que tenho boas intenções
Posso levar a esperança
Alimentar desejos e sonhos
Deixar forte os corações.

Elevo a sabedoria
Crio raízes
Encho de experiência
Deixo saudades.

Nunca deixo de seguir adiante
Não paro, vou em frente
Mas meu passado reflete no presente
E influencia muito no futuro.

Muitos se foram enquanto passei
Mas eu dou a chance a todos
de fazerem seu próprio caminho
de serem eternos para a história.

Prazer,
Eu sou o tempo.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Deixe-me apresentar um dia,
o sopro de minha filosofia,
pensamentos famintos,
cheios de poesia.

Deixe-me apresentar meu ver,
aquele sem desejo de ser,
arquivado dentro de mim,
pronto pra voar e viver.